Cláusulas de consenso foram identificadas para centrar negociação no que realmente importa nesta campanha
Na rodada de negociação desta segunda-feira, 17/02, da campanha salarial do Ensino Superior, a comissão de negociação dos sindicatos integrantes da Fepesp e o setor patronal identificaram os pontos de consenso na atual convenção coletiva e nas pautas de reivindicações: são 25 cláusulas de direitos sociais que, no momento, não são objeto de disputa
Essa identificação permitiu que a negociação focasse em questões que há disputa entre o patronal e os professores e auxiliares representados por seus sindicatos. Planos de assistência médica, bolsas de estudo e o trabalho do tutor são alguns desses pontos.
A defesa da sua bolsa de estudos – Como em anos anteriores, o patronal quer reduzir o direito à bolsa de estudos aos dependentes de professores e de auxiliares. Hoje, a convenção garante duas bolsas de estudo a dependentes de profissionais de educação. O patronal quer limitar o acesso às bolsas de acordo com a atividade do docente e limitar o pagamento a bolsas em cursos como medicina, direito, odontologia, psicologia e enfermagem. Como no passado, insistimos na manutenção das bolsas integrais.
Transparência nos planos de assistência médica – Nos planos de saúde, também garantidos na convenção coletiva o patronal agora quer liberdade total na contratação de diferentes modalidades de assistência médica, com maiores restrições aos usuários. De nosso lado, reivindicamos a manutenção das condições existentes e a proibição da migração para planos precários. Os sindicatos entendem que o prazo para a adoção de contratos que preveem coparticipação encerra-se agora, em 29 de fevereiro (como estabelecido na convenção coletiva de 2019). Além disso, reivindicamos transparência na contratação dos planos de assistência médica, mediante encaminhamento dos contratos e a verificação da aplicação correta do reajuste salarial de 2019, de acordo com a modalidade de plano adotada.
Tutor é professor – Finalmente, na rodada desta terça foi também iniciada a discussão sobre a abrangência da função de tutor que, do ponto de vista dos sindicatos, é uma atividade docente e deve ser tratada como tal, com os benefícios previstos na convenção coletiva de professores.
Nova rodada de negociação será realizada no dia 27 de fevereiro. E daí vamos entrar em outros pontos também em disputa. O patronal veio, desta vez, com o seu pacote de maldades, querendo cortar direitos que já estão nas convenções. É importante que professores e auxiliares discutam estes pontos com seus colegas. Por direitos, dignidade e com nossa unidade, vamos defender o que já conquistamos duramente – e que não vamos abrir mão nesta campanha salarial.