Temos todos que nos preparar, nos próximos dias, semanas, para como irá se desenrolar a vida de cada um de nós
Há um acúmulo de incertezas. Nossa saúde, os cuidados para se prevenir contra a contaminação, a forma como nos reunimos para educar, como será nossa nova rotina quando a emergência sanitária for abrandada – quando será isso? Como voltaremos ao normal e o que será ‘normal’ nesse novo mundo criado pela expansão de um vírus?
Para os educadores os prazos se alongam no calendário, agora já avançando para um retorno a algumas aulas a partir de julho. Algumas das práticas de educação fora da sala de aulas deverão se estender pelo ano, não propriamente como educação a distância mas como educação sem a presença de alunos e mestres no mesmo espaço físico e do jeito que der para alguma aula ser dada, com a sua qualidade e eficácia variando de acordo com o empenho e a estrutura disponíveis a cada um.
Mas se isso se resolve, de alguma forma e em algum tempo, seja com a medicina, seja com a pedagogia, ainda temos que enfrentar o susto do que irá ser de nosso país com a iniquidade instalada no que deveria ser um governo federal.
O presidente, ao provocar o afastamento do que pretendia ser seu atestado de bons antecedentes para o exercício do mandato, foi encoberto por graves acusações que vão da prosaica mentira em documento oficial à tentativa de acobertar crimes sob investigação pela Policia Federal a mando da Corte maior do país. Seu outro pilar de sustentação, na economia, vira peça decorativa quando seus planos nada resolvem, nada prometem e são virados do avesso pelo militar de plantão no segundo escalão.
Nunca em nossa vida vivemos essa provação. O que teremos lá na frente deverá ser um país reconstruído desde os detalhes de nossa rotina diária até a forma como nos enxergamos como Estado.
Só temos, como apoio para o novo futuro, uma certeza: a solidariedade que nos une, a empatia que sentimos por colegas, a organização que construímos, o porto seguro em nossa defesa que é a nossa união no sindicato.